A maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul impactou fortemente o setor de internet. De acordo com o Ministério das Comunicações, 612 mil clientes de pequenos provedores ficaram sem serviço devido às intensas chuvas e inundações no estado.
Ajuda financeira de forma desburocratizada
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, declarou que o governo federal está comprometido em ajudar na reconstrução dessas redes. Ele mencionou que pequenos provedores são responsáveis por 92% do acesso à internet em cidades com menos de 50 mil habitantes.
Os recursos para a recuperação serão disponibilizados através do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), com editais específicos para as operadoras afetadas.
Juscelino Filho também garantiu que esses processos serão simplificados para acelerar a chegada da ajuda. O Ministro afirmou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) geralmente exige diversos documentos para a liberação de recursos, mas as empresas afetadas não têm conseguido acessar esses documentos devido às inundações.
No entanto, o valor a ser liberado e o prazo para isso ainda não foram especificados pelo Ministério das Comunicações. As declarações foram feitas durante uma entrevista ao jornal O Globo.
Desastre Climático no Rio Grande do Sul
Conforme o mais recente balanço da Defesa Civil, as chuvas e inundações no Rio Grande do Sul resultaram em 169 mortes confirmadas. Há 53 pessoas desaparecidas, mais de 581 mil desalojadas e aproximadamente 48 mil em abrigos.
A tragédia afetou 469 dos 497 municípios do estado, impactando diretamente mais de dois milhões de pessoas. O Lago Guaíba registrou o maior nível da história, ultrapassando 5 metros e 30 centímetros.
Em Porto Alegre, um dos pontos mais críticos é o Aeroporto Internacional Salgado Filho, que suspendeu todas as operações até o final de agosto. Na região Sul, a Lagoa dos Patos também inundou diversos municípios, incluindo Rio Grande.
Em 2023, o Rio Grande do Sul enfrentou uma série de desastres climáticos, com 16 mortes em junho, 54 em setembro e outras 5 em novembro.
Fonte: Olhar Digital