Um estudo realizado pela Associação ConectarAGRO em colaboração com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), revelou que apenas 37% das propriedades rurais no Brasil desfrutam de cobertura 4G em sua totalidade. O Indicador de Conectividade Rural (ICR) evidencia ainda que apenas 19% da área destinada à agricultura possui acesso à tecnologia 4G.
Segundo a presidente da ConectarAGRO, Paola Campiello, a melhoria dos níveis de conectividade no campo enfrenta obstáculos significativos que vão além das operadoras de telecomunicações. Campiello ressalta que a instalação de antenas em áreas rurais é complexa devido a vários desafios, como requisitos de densidade populacional mínima e processos de licenciamento variados em cada município.
Média de conectividade no campo entre as cidades brasileiras está em 0,4
O ICR, uma métrica desenvolvida pela associação para avaliar a cobertura 4G nas áreas rurais do país, varia de 0 a 1, sendo que valores mais próximos de 1 indicam uma melhor cobertura. O Distrito Federal lidera o ranking com um ICR de 0,807, seguido pelo Rio de Janeiro (0,715), Espírito Santo (0,685), Rio Grande do Sul (0,638) e Santa Catarina (0,637).
A média do ICR entre os municípios brasileiros é de 0,454, evidenciando um cenário desafiador para ampliar a conectividade no campo. Essa média reflete disparidades significativas, como o caso de Maués (AM), com um ICR de 0,0051, em contraste com Porto Alegre (RS), que possui um ICR de 1. Os dados de ICR de cada município estão disponíveis no site da associação.
Campiello enfatiza que o ICR serve como um ponto de partida para impulsionar políticas públicas voltadas à conectividade rural. “A expectativa agora é que o ICR seja usado para incrementar políticas públicas de conectividade rural. “É uma jornada que a gente inicia, uma construção. Esse indicador faz sentido? Então vamos lá buscar políticas públicas, vamos conversar com empresas privadas e a nossa ideia é que ele seja utilizado por todos”, acrescenta.
Quem são os produtores conectados?
A pesquisa também revela o perfil dos produtores que têm acesso à cobertura 4G e 5G em suas propriedades. Os pequenos produtores representam a maioria (39%), enquanto os grandes produtores têm uma menor cobertura (6,4%). Entre os médios, 16,2% alcançam cobertura em toda a fazenda. Campiello observa que as fazendas médias e grandes, geralmente localizadas distantes dos centros urbanos, não se beneficiam da expansão da conectividade urbana.
“Fazendas médias e grandes, em geral não estão próximas a grandes centros urbanos e, portanto, não se beneficiam da expansão na conectividade urbana. A maioria das propriedades com conexões 4G (5G não é significativo ainda) está próxima de centros urbanos. Ou seja, as fazendas estão conectadas com estações rádio-base que foram instaladas para atender concentrações de pessoas e estão principalmente no litoral do Brasil e no Sul e Sudeste, pois são estados com centros urbanos próximos”, aponta.
Qual o impacto da conectividade para a produção rural?
Quanto ao impacto da conectividade na produção rural, Campiello menciona um estudo realizado em uma fazenda em Água Boa (MT) no ano anterior. Com a implementação da conectividade, a safra 2022/2023 registrou um aumento de 18% na produtividade em comparação com a safra anterior. Além disso, houve uma redução de 25% no consumo de combustível e uma diminuição de 10% na emissão de carbono.
“A gente teve redução na pegada de carbono, redução de combustível, de tempo de máquina parada. Isso foi em uma primeira amostragem, agora você imagina o que mais de tecnologia que a gente pode implementar com a conectividade”, finaliza.
Campo moderno
A Venko Networks desempenha um papel fundamental na melhoria da eficiência e confiabilidade da conectividade, especialmente em regiões onde a tecnologia é necessaria para alcançar o próximo passo.
O 4G, por exemplo, é um dos grandes impulsionadores do agronegócio, conectando áreas distantes e impulsionando a eficiência do campo moderno. O inovador kit 4G/5G da Venko, composto por toda a Arquitetura do Core, Rádios para Estações de transmissão e CPEs internos e externos, é um dos principais catalisadores dessa transformação.
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Fonte: Estadão
Foto: Canva