Português Inglês

Vale avança com projeto de rede privativa e inteligência cognitiva em portos estratégicos

Vale avança com projeto de rede privativa e inteligência cognitiva em portos estratégicos

08 de julho, 2025

Realizado no dia 26 de junho, em São Paulo, o MPN Fórum 2025 reuniu os principais players do setor para discutir o avanço das redes privativas no Brasil. Entre os cases apresentados, um dos que mais se destacaram foi o da Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, com atuação global e sede no Brasil. A empresa anunciou planos para implantação de redes 5G privativas em dois portos estratégicos: São Luís, no Maranhão, e Tubarão, no Espírito Santo. A proposta vai além da cobertura ao apostar em uma infraestrutura inteligente, capaz de automatizar processos, conectar câmeras e máquinas e, principalmente, oferecer uma rede com capacidade cognitiva, voltada à eficiência operacional em tempo real.

O plano de expansão para os portos dá continuidade à trajetória já consolidada da Vale no uso de redes privadas 4G/5G em suas operações de mineração, como Carajás, no Pará, e Brucutu, em Minas Gerais. A empresa já conta com infraestrutura ativa em oito operações no Brasil, com mais 2 mil dispositivos conectados, 620 km² de cobertura, 380 equipamentos de mina em rede, além de aplicações como caminhões e perfuratrizes autônomos, inspeções inteligentes, sistemas de vídeo analítico e detecção de fadiga. Em alguns desses ambientes, a conectividade é propiciada por carretas móveis conhecidas como COWs (Cells on Wheels), que levam sinal a áreas remotas e com desafios de infraestrutura.

Por trás dessa transformação está a parceria com a Nokia Bell Labs. Desde 2024, a Vale vem trabalhando com a empresa no desenvolvimento de uma rede industrial com capacidades cognitivas, baseada na plataforma Nokia Industrial eXperience (NiX). O projeto deu origem ao conceito da Cognitive Digital Mine (Mina Digital Cognitiva, em português) que combina dados de equipamentos autônomos com análises em tempo real, inteligência artificial na borda (edge computing) e decisões automatizadas.

A proposta da mina cognitiva começa a ganhar escala e contornos mais concretos, agora com a aplicação em novos ambientes operacionais. Nos portos, por exemplo, a expectativa é aplicar sensores inteligentes, vídeos analíticos e computação distribuída para ampliar a segurança, antecipar falhas e responder de forma autônoma a incidentes – tudo isso com uma arquitetura de rede preparada para evoluir junto com a operação. Em Brucutu, já há a implementação de uma célula totalmente fora da rede (off-grid), com backhaul via LTE e Starlink, painéis solares e disponibilidade de 99,9% em 90 dias ativos. Já em Carajás/Serra Sul, a cobertura multifrequência atinge 348 km², com 391 endpoints conectados.

A Venko vê nesse projeto um exemplo claro do potencial transformador das redes privativas no setor de mineração - assim como pode ocorrer em muitos outros, como no agronegócio, na indústria, em eventos, em zonas rurais ou em outros locais que carecem de acesso. São tecnologias que não apenas conectam, mas destravam uma nova lógica de automação, inteligência e segurança para operações em ambientes desafiadores. Ao longo das próximas semanas, seguiremos trazendo mais detalhes sobre os cases que marcaram o MPN Fórum 2025 e as inovações que traduzem o propósito da Venko: conectar pessoas, negócios e oportunidades.

Fonte: Assessoria Venko Networks com informações de Mobile Time, Nokia, Vale e Teletime

Imagem: Canva, AI