A conectividade no agronegócio brasileiro se apresenta como um fator fundamental para a modernização e a competitividade do setor. Contudo, a realidade do campo está bem distante do cenário ideal: apenas 24% da área agrícola, cerca de 20 milhões de hectares, conta com sinal 3G ou 4G, com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste.
Aproximadamente 70% das propriedades rurais do país - o equivalente a 3,6 milhões de unidades produtivas - ainda estão desconectadas da internet. Essa limitação prejudica o acesso dos produtores às tecnologias fundamentais para a agricultura de precisão e a gestão eficiente de suas propriedades.
A ausência de conectividade adequada no campo impede o uso de ferramentas e plataformas que poderiam revolucionar a produtividade agrícola, como sensores para monitoramento de rebanhos, sistemas de automação, telemedicina veterinária, rastreamento e certificação de produtos, e programas de capacitação online. Pesquisas indicam que a adoção de tecnologias digitais no agronegócio pode aumentar a produção em até 25% e reduzir o uso de insumos em até 20%.
Embora existam iniciativas para ampliar a conectividade rural, elas ainda não são suficientes para enfrentar o grande desafio. Lançado em 2023, o "Projeto Rural + Conectado", do Ministério da Agricultura e Pecuária em parceria com o BNDES, visa expandir a conectividade nas regiões Norte e Nordeste, com foco nas áreas sem acesso à internet.
Além disso, o Projeto de Lei 1.069 de 2024, em tramitação no Senado, propõe a criação da Política Nacional de Conectividade no Campo, com a intenção de facilitar a instalação de infraestrutura adequada e promover inovações tecnológicas no setor.
Entretanto, a implementação dessas políticas enfrenta obstáculos significativos, como a falta de investimentos robustos em infraestrutura, o cumprimento das regulamentações setoriais e a necessidade de novos modelos de investimento para cobrir áreas remotas. A Associação ConectarAgro, por exemplo, ressalta a importância de políticas públicas que considerem a produção agrícola por município como fator determinante para a viabilidade econômica de coberturas em regiões isoladas.
A conectividade no campo não se resume apenas ao aumento da produtividade agrícola; ela é essencial para a inclusão digital das populações rurais, o acesso a serviços de educação e saúde, e para integrar os produtores aos mercados internos e internacionais. A falta de políticas públicas efetivas perpetua desigualdades e limita o potencial do agronegócio, um setor que representa 22% do PIB nacional em 2024.
A expansão da conectividade rural exige uma ação coordenada entre os diferentes níveis de governo (federal, estadual e municipal), agências reguladoras, iniciativa privada e terceiro setor. Sem uma mobilização conjunta, o que poderia ser alcançado em poucos anos pode se arrastar por décadas. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) propôs a criação de um "grande projeto de Estado" para ampliar a conectividade rural, destacando a importância de esforços conjuntos para superar esses desafios.
Para acelerar a inclusão digital no campo e garantir a competitividade de longo prazo do agronegócio brasileiro no cenário global, uma mobilização nacional coordenada é essencial.
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Como parte da iniciativa ConectarAgro, a Venko oferece soluções personalizadas para a conectividade no campo, com destaque para seu kit 4G/5G, que vai desde a Arquitetura do Core (software) até os Rádios para Estações de Transmissão e CPEs internos e externos. Desenvolvida para atender às demandas do campo, da indústria, portos e outras áreas carentes de acesso, a solução promete eficiência e confiabilidade.
Com essa tecnologia, provedores de internet têm a capacidade de oferecer planos de conectividade para fazendas, cooperativas e comunidades rurais, promovendo a comunicação e desbloqueando o potencial das máquinas, além de otimizar a performance produtiva.
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Fonte: Poder 360
Imagem: Canva