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Agro lidera expansão da internet no campo

Agro lidera expansão da internet no campo

25 de agosto, 2025

O acesso à internet em áreas rurais brasileiras avança rapidamente, reduzindo a diferença em relação às zonas urbanas. Em 2024, 84,8% dos domicílios no campo tinham acesso à rede, um crescimento de quase 50 pontos percentuais em relação a 2016, quando apenas 35% das residências rurais contavam com conexão. Nos centros urbanos, a cobertura passou de 76,6% para 94,7% no mesmo período, representando um aumento de 18,1 pontos percentuais. A diferença entre campo e cidade caiu de mais de 40 pontos percentuais em 2016 para 9,9 pontos em 2024. Ao todo, o Brasil registrava 74,9 milhões de domicílios com internet, ou 93,6% do total.

Os dados fazem parte do Módulo de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento é impulsionado principalmente por investimentos de grandes empresas do agronegócio e produtores rurais com capital para modernização tecnológica.

Paola Campiello, presidente da ConectarAgro e gerente de novos negócios da CNH, ressalta que a conectividade é essencial para que tecnologias modernas no campo, como máquinas inteligentes e sistemas de coleta de dados, sejam efetivamente utilizadas. Segundo Campiello, muitos sistemas de coleta de dados acabam não sendo aproveitados por falta de internet para processá-los em tempo real.

Segundo a ConectarAgro, em abril de 2025, 33,9% da área agrícola do país já contava com cobertura 4G ou 5G, com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste, ante 19% em 2024. A associação observa que, embora o avanço seja significativo, ainda está aquém do necessário para o Brasil. O ideal seria alcançar o nível dos Estados Unidos, com 70% de cobertura, considerando a maior quantidade de safras e informações geradas no país.

Entre os 5,1 milhões de domicílios sem internet, o IBGE aponta que os principais motivos são falta de conhecimento para usar a rede (32,6%), custo elevado (27,6%) e percepção de desnecessidade (26,7%). Nas zonas rurais, a indisponibilidade do serviço também se destaca, atingindo 12,1% das residências, ligeiramente abaixo dos 13,8% registrados em 2023.

Especialistas afirmam que a inclusão digital do pequeno produtor continua sendo o maior desafio. Além disso, a barreira cultural ainda é significativa, pois muitos pequenos produtores não percebem o valor da tecnologia e não realizam investimentos. O papel das empresas é reduzir essas barreiras até que os benefícios da conectividade sejam reconhecidos.

A educação digital é apontada como estratégia essencial para ampliar a adoção da internet no campo. Segundo a presidente da ConectarAgro, levar tecnologia para pequenas áreas, como estações meteorológicas que indicam o momento ideal de plantio, permite que os produtores percebam na prática os benefícios da conexão e incentivem a transformação digital em suas propriedades.

Aproveite novas oportunidades

Empresas como a Venko têm se destacado nesse cenário, oferecendo soluções de conectividade para áreas remotas com baixo acesso à internet. O kit 4G/5G da empresa inclui desde a arquitetura de Core até equipamentos de rádio para estações de transmissão (Nokia FlexiZone Mini-Macro BTS), garantindo conexão estável e de alta qualidade. Isso permite que provedores ampliem a cobertura e viabilizem tecnologias inovadoras no agronegócio, na indústria e em portos, aumentando produtividade e eficiência.

A digitalização do campo é irreversível, e redes privativas integradas à Internet das Coisas (IoT) e outras tecnologias são fundamentais para um agronegócio mais sustentável e competitivo.

Quer implementar isso no seu negócio? Conheça as soluções da Venko, clicando aqui.

Fonte: Globo Rural

Imagem: Canva