A disseminação da fibra óptica pelo país aumentou claramente a velocidade dos serviços de banda larga fixa no Brasil, como vimos noticiando. Relatório divulgado ontem pela Ookla, empresa de consultoria responsável pelo site Speedtest, no dia 15, mostrou que, em junho, a velocidade média de download desses serviços no país ultrapassou pela primeira vez os 100Mbps, atingindo precisamente 100,44 Mbps. O processo de upload também teve sua velocidade aumentada segundo o estudo, atingindo 57,86 Mbps. As métricas coletadas indicam ainda uma melhoria na latência, que reduziu-se, na média, para até 13 milissegundos. Esses números são baseados em medições agregadas e não fazem distinção entre o cabo Ethernet e o acesso à conexão sem fio.
A Ookla também revelou quais provedores de banda larga têm as velocidades médias mais altas. Por meio de um índice que considera o desempenho de download e upload, a consultoria atribuiu à Vivo a maior velocidade do segundo trimestre, com 93,23. Depois Oi (78,97), depois Claro (75,88). É importante notar que 90% desse número vem do desempenho de download. Em latência, a vivo é a líder, seguida pela Claro e depois pela Oi. No entanto, a consultoria destacou que a velocidade média varia muito. Portanto, também usa indicadores de consistência de desempenho. Essa métrica visa determinar quais operadoras fornecem velocidades superiores a 25 Mbps com mais frequência. Nesse caso, a Claro superou todas as outras, registrando acesso com mais de 25 Mbps 77,4% do tempo. Em seguida vem a Vivo (76,5%) e a Oi (72,6%) um pouco mais longe.
Existem foram apuradas medidas comparativas entre as capitais brasileiras, sendo Goiânia a cidade com maior índice de velocidade de download.
A próxima fronteira para os provedores de internet é garantir aos usuários simetria entre a velocidade de donwload e upload, uma vez que esta última, segundo o estudo é quase a metade da primeira.
Com o uso cada vez mais contínuo de aplicativos de vídeo-chamadas, tanto para reuniões como para a rotina do tele-trabalho, a velocidade de upload tornou-se tão fundamental como a de download.
O modelo atual do acesso considerava o modelo antigo de navegação na internet, no qual o usuário fazia muito mais uso do download do que do upload, como ao assistir filmes, por exemplo.
O nova normalidade coloca o usuário enviando grandes quantidades de dados ao mesmo tempo em que baixa outras. Em uma reunião por vídeo, a via é de mão dupla. Em trabalhos colaborativos, com upload para a nuvem também.
Isso sem contar a crescente utilização da internet das coisas nas residências e em empresas, com eletrodomésticos e outros gadgets de automação enviando e recebendo dados em tempo real.
Soma-se a isso novos hábitos como EAD e games em rede e tem-se o cenário que já impõe, e o fará com mais ênfase no futuro, a adoção da tecnologia XGS-PON pelos provedores de internet.
Mais avançada entre as tecnologias de acesso PON, o XGS-PON garante simetria entre o download e o upload em até 10Gig, convivendo com o legado sem a necessidade de investimento em fibra.
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Fonte: Telesíntese
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