Já há algum tempo, mesmo antes de 2020, a demanda por velocidade na internet tem aumentado consistentemente. Você tem cada vez mais eletrodomésticos e gadgets conectados à rede e o streaming desempenhou papel fundamental na necessidade de uma “internet rápida”.
O crescimento do acesso em velocidades superiores a 34 Mbps foi de cerca de 20%, entre março e setembro de 2020, segundo a Anatel, e a Serasa Experian aponta que, entre os meses de março e julho de 2020, o número de compradores de produtos domésticos pela internet subiu de 11% para 31% da população.
No entanto, é preciso observar que há uma mudança não só na demanda, mas na natureza do consumo. Em 2018, 3,8 milhões de pessoas trabalhavam em home office, segundo o IBGE. Agora, são quase 8 milhões, de acordo com os dados do Ipea. Além disso, uma pesquisa da Nielsen Brasil, realizada em setembro de 2020, revelou que 42,8% dos brasileiros entrevistados assistem a conteúdos de streaming todos dias.
Estamos, não só consumindo mais internet, mas consumindo de uma maneira diferente. Neste novo modelo, não basta mais ter uma boa velocidade de download. Precisamos, definitivamente, de uma boa velocidade de upload também.
No mundo atual, não somos apenas consumidores de conteúdo, mas produtores. Estamos, nas reuniões de trabalho, subindo vídeo em tempo real. Estamos participando de lives, transmitindo arquivos para a nuvem, de forma colaborativa, e há quem tenha se reinventado e passou a produzir conteúdo para a web de forma profissional. Isso sem falar no upload de arquivos para o professor no EAD e o consumo de games em rede como entretenimento indoor.
A natureza de consumo mudou e você precisa estar atento ao seu plano de internet para poder navegar com qualidade nesta onda que não tem nada de passageira. Centenas de empresas entregaram suas salas comerciais pelo país e pretendem manter ao menos parte de seu pessoal em casa, mesmo após a pandemia. O estudo online, os games e a família inteira subindo e baixando arquivos ao mesmo tempo também vieram para ficar.
Ok. Mas a quais aspectos preciso ficar atento no meu plano de internet?
Bem, o primeiro deles é que os provedores se estruturaram, ao longo do tempo, para atender a uma demanda diferente da atual.
Quando fazemos um teste de velocidade, descobrimos que o upload é mais lento que o download no nosso plano. Normalmente, 10% da velocidade de download. Isto se dá porque, até há algum tempo atrás, a maior parte das operações que fazíamos na internet envolviam mais download do que upload. Quando abrimos uma página na web, o comando para abrir (upload) envolve poucos dados. Já a página que resulta do comando (download) pode conter dados bem mais pesados, o que é ainda mais evidente em se tratando de vídeos. Quando estamos assistindo o YouTube ou o Netflix, estamos baixando grande volume de dados.
Acontece que, cada vez mais, precisamos de simetria de download e upload. A era da assimetria acabou. Quando mandamos um arquivo para alguém no Whatsapp, estamos fazendo um upload e queremos que ele se dê tão rápido quanto o download do arquivo recebido, certo? O mesmo princípio se aplica quando precisamos subir um documento para a nuvem do trabalho ou mesmo para uma pasta pessoal. Não temos tempo a perder.
Esta assimetria do seu plano de internet atual se torna ainda mais evidente quando a sua transmissão é ao vivo. Com uma velocidade de upload baixa, assimétrica em relação ao download, sua imagem na reunião trava para os seus interlocutores e é por isso que, por vezes, o seu áudio chega bem, mas a imagem, não. O áudio é mais leve e, não raro, você é forçado a desligar o vídeo para acompanhar só por áudio, diminuindo a qualidade da sua presença no compromisso. Sem, dúvida, uma situação nada agradável.
Para a natureza de consumo atual, pode acreditar: vale mais a pena você ter um plano de internet que entregue 50 Mbps com a mesma taxa de download e upload do que um plano normal de 200 Mbps.
Um plano normal, de prateleira, de 200Mbps vai entregar 200Mbps para download, mas apenas 20Mbps de upload. Se você precisa de mais velocidade de download, não tem problema, contrate um plano com mais, mas não esqueça de carregar a velocidade de upload junto.
A má notícia é que, como falamos, trata-se de uma questão estrutural. A maioria dos provedores está configurada para o jeito antigo de consumir internet. Utilizam uma tecnologia de rede que, na essência, tem um upstream bem menor que o downstream. 4 vezes menor.
A boa notícia é que já existe tecnologia de rede simétrica ao alcance dos provedores e nada melhor do que a sua exigência para estimular a adoção. Considerada uma evolução do padrão XG-PON1, sendo uma banda simétrica, a tecnologia XGS-PON oferece 10Gbps de upstream e de downstream, conforme a norma de 2016 do ITU G.9807.1.
Versão de maior largura de banda e simétrica do GPON, a XGS-PON não só oferece velocidade de upload 4x maior do que a melhor das suas antecessoras, equilibrando com o upload, como também consegue entregar a mesma qualidade em distâncias 3 vezes superiores e permite um maior volume de clientes por porta. É melhor para você, para o seu provedor e para a qualidade da internet no Brasil.
Assim, da próxima vez que conversar com o seu provedor ou quando for buscar um novo, não peça apenas por um plano mais veloz, como todos anunciam. Certifique-se que ele tenha a tecnologia de rede XGS-PON. Essa sigla irá garantir que você tenha a internet do futuro que já virou uma necessidade do presente.