Para entendermos a desagregação entre hardware e software, primeiro precisamos observar como é o modelo tradicional de fornecimento no mercado de equipamentos de telecom, no qual hardware e software são vendidos monoliticamente.
Modelo tradicional monolítico
Historicamente, os switches e roteadores de rede são fornecidos totalmente por um único distribuidor, integrados verticalmente, com hardware e software funcionando apenas em conjunto. Desse modo, as características mais relevantes de um novo produto de rede devem ser previstas e antecipadas pelos arquitetos e engenheiros do distribuidor, o que irá determinar a aplicação de ponta a ponta. Baseando-se em aspectos como: a) aplicação específica, tais como data center, CPE / VPN ou transporte da operadora; e b) a localização arquitetônica (premissa, borda, acesso/agregação ou núcleo), são eles que, avaliando a composição individual, os recursos e o desempenho compõem o que o distribuidor prevê que será demandado pelas operadoras clientes.
Desta forma, necessidades diferentes ou upgrades dependerão e serão controlados pelo distribuidor. Novas funções do software só poderão rodar no hardware adquirido em conjunto, em um caro sistema de licenças. Além disso, o modelo também força a aquisição de pacotes completos, não necessariamente otimizados para as necessidades específicas de um provedor, que poderá ter funções sobrando ou faltando na comparação com sua demanda.
Neste modelo, portanto, o provedor de acesso é apenas um canal do distribuidor, e descartável após a solução estar implementada. Quem controla todos os serviços de valor agregado é o fornecedor da solução. Se o provedor quiser expandir o serviço, ficará limitado a revender alguma nova funcionalidade, sem diferenciação, e por custos bem acima daqueles básicos da aplicação.
Desagregação Hardware-Software
A desagregação de hardware e software retrata uma grande mudança na maneira como esses dispositivos críticos são projetados e construídos, resolvendo esses desafios de implantação. Para resultar em um produto com características adaptáveis para aplicações diferentes, além de ser específico e sob medida, alguns aspectos deverão ser analisados para torná-los independentes e facilmente integrados. Utilizando soluções fora da prateleira (em servidores genéricos ou “white box” switches), os dispositivos desagregados são integrados horizontalmente, onde o sistema operacional de rede (NOS), protocolos de rede de camada 2 e camada 3 e o elemento das interfaces de gerenciamento (software) são separados e integrados com facilidade, dependendo da necessidade, com otimização de custos.
A Venko foi construída sob premissas de liberdade de escolha, padrões abertos, desagregação dos equipamentos e aplicações, e tendo o software como protagonista na definição da arquitetura tecnológica. Neste princípio, estruturamos uma rede global de empresas de alta qualidade no fornecimento de equipamentos genéricos conhecidos como Universal CPE’s ou White Box, que não impõe ao cliente uma situação de refém de tecnologia proprietária HW+SW, o chamado vendor lock-in. Os produtos ofertados pela Venko são modulares, com variada gama de capacidade e performance, homologados pela ANATEL, e com suporte e garantia local.
Para permitir que os provedoras de internet busquem o melhor ajuste entre os componentes individuais de hardware e software, livrando-se do aprisionamento do fornecedor (vendor lock-in) e de vendas anticompetitivas, a prática dos princípios de desagregação é essencial.
Vantagens claras no novo modelo
Com este novo modelo, as despesas de capital e operacionais poderão ser reduzidas drasticamente, eliminando tudo que não for essencial para a operação. Afora isto, a blindagem em momentos de crise de abastecimento de componentes é muito maior, uma vez que alterações de software não necessariamente implicarão em mudança conjunta de hardware.
Ainda que as habilidades do corpo técnico das operadoras precise adaptar-se a este novo modelo, as soluções encontradas são fáceis, contam com o suporte da Venko e é adaptável às infraestruturas de rede dinâmicas definidas por software (SDN), proporcionando também maior controle, segurança, precisão e performance.
Fonte: Gulfnews e Assessoria Venko
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