Recentemente, é notório que as ameaças digitais se tornam cada vez mais sofisticadas. Os cibercriminosos têm tornado os ataques a governos e empresas recorrentes. Segundo o estudo "Percepção do Risco Cibernético na América Latina em tempos de Covid-19", idealizado pela Marsh e encomendado pela Microsoft, somente 16% das companhias entrevistadas aumentaram os investimentos em segurança da informação e segurança cibernética durante o período de pandemia.
Dentre todos os setores corporativos, os Serviços Financeiros são os que enfrentam os maiores obstáculos de segurança, à medida em que os ataques se tornam mais complexos, desafiadores aos sistemas de segurança e capazes de gerar imensa lucratividade aos criminosos. De acordo com os dados do Microsoft Digital Defense Report, esse segmento está entre os três principais alvos de ataques ransomware.
Algumas situações que ocorreram recentemente demonstram que os ataques de ransomware realizados por cibercriminosos são capazes de levar as empresas à falência, impactando a economia e afetando a vida de boa parte da população. Alinhado a outros setores, como saúde, tecnologia da informação e energia, o financeiro é um ponto crucial para a infraestrutura crítica e necessita de uma segurança maior.
Em mercados em desenvolvimento – como a América Latina –, é notório que ainda faltam medidas especiais implementadas pelas empresas e até mesmo em estágios iniciais de cibersegurança.
A fim de ultrapassar esses obstáculos, as instituições financeiras devem tomar medidas eficazes contra ataques virtuais. Habilitar a verificação em duas etapas, aplicar o princípio do menor privilégio (Zero Trust), assegurar que os sistemas estejam seguros com os patches e as atualizações de segurança mais recentes, firewalls de próxima geração CGNAT e, por fim, deter soluções contra malwares são métodos que contribuem com a segurança cibernética.
Embora possam parecer até óbvias, essas prevenções são essenciais para garantir que os ataques cibernéticos não afetem as empresas.
Proteja seus dados
Tanto os dados empresariais quanto os dos clientes são extremamente importantes, especialmente à medida em que eles transitam em diferentes ferramentas, plataformas, dispositivos e nuvens, estando mais sucintos à vazamentos. Novas formas de pagamentos – como o Pix no Brasil – contribuem para que muitos dados sejam utilizados pelas instituições financeiras. Por isso, é importante que elas implementem medidas para protegê-los em todas as etapas.
A inteligência artificial (IA) e o machine learning (ML) são tecnologias sofisticadas, capazes de gerarem insights a partir dos dados de uma empresa. Assim, bancos e instituições financeiras possuem acesso a grande quantidade de dados sobre seus clientes e tecnologias e devem investir pesado para protegê-los.
Outro ponto fundamental na indústria de Serviços Financeiros está na governança de dados, pois ela garante a segurança e a privacidade dos dados. Segundo um relatório da Morgan Stanley, em 2021, 17% dos CSOs (Chief Security Officers) identificaram a governança de dados como uma de suas três principais prioridades de segurança, resultando em um acréscimo de cinco pontos em relação ao ano anterior.
Esses números já eram esperados, uma vez que a sofisticação dos ataques, alinhados à ampla adoção do trabalho remoto, maximizou a probabilidade de um ataque, o que coloca a governança de dados entre as principais prioridades ao longo de 2022.
Zero Trust como estratégia
Assegurar a proteção da identidade digital deve ser priorizada pelas empresas. Pensando nisso, a estratégia Zero Trust se torna protagonista na proteção de dispositivos, usuários e dados, seja onde eles estiverem.
Essa solução refere-se a uma mentalidade proativa, presumindo que toda atividade, mesmo por usuários conhecidos, possa ser uma tentativa de burlar os sistemas. Devido aos atuais riscos em que as empresas estão expostas, tanto interna como externamente, o Zero Trust não é mais apenas uma opção — é um imperativo nas corporações.
Os métodos de armazenamento de dados utilizados pelas corporações podem implicar consequências além da conformidade e da segurança regulatória, como penalidades legais, de acordo com a LGPD.
Segundo o Hlobal Regulatory Outlook, da Duff & Phelps, no ano passado, cerca de 32% dos executivos responsáveis pelas tomadas de decisões no setor de serviços financeiros previram que a conformidade custaria mais de 5% de suas receitas. Com o intuito de suavizar estes riscos em ambas as frentes, a abordagem Zero Trust deve ser centralizada em todas as operações das corporações do setor.
Os benefícios trazidos pelo Zero Trust – verificação explícita, aplicação do princípio do menor privilégio e sempre assumir que uma atividade seja suspeita – forma práticas abrangentes de segurança e privacidade de dados, qualidades essenciais para os dias atuais.
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Fonte: Assessoria Venko Networks com informações de Microsoft
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