Na prática, o XGS-PON é a tecnologia PON que está trazendo a realidade de serviços baseados em 10Gbps para o mercado. Diversos movimentos de operadoras em todo o mundo, e também no Brasil, confirmam essa tendência que está em um ritmo crescente de implementação.
Neste cenário, operadoras como AT&T finalizaram testes em campo do XGS-PON desde 2018¹ e já possuem redes operando desde 2020². Outro exemplo é a Telefonica, que através de sua arquitetura Open Acces realiza a convergência de redes móveis e fixas com o uso do XGS-PON e arquiteturas abertas³.
A utilização de XGS-PON em serviços B2B já é realidade no Brasil desde 2019, quando a Algar começou a usá-la em detrimento aos acessos metro ethernet4.
Evolução das tecnologias PON
Podemos observar que o XGS-PON é a evolução das tecnologias PON na trilha de padrões da ITU-T. Diversos aspectos foram levados em consideração no XGS-PON pensando em aplicações que vão além do FTTH. Para que se tenha um melhor panorama sobre como a solução tem evoluído, os itens assinalados com * já foram testados e homologados em diversas operadoras no Brasil:
◦ *Suporte a jumbo frames de 9600 bytes;
◦ Transporte de sincronismo (SyncE, IEEE-1588) para aplicações avançadas como backhaul de DOCSIS R-PHY, LTE/4G e 5G;
◦ *Transparência a protocolos L2 (STP, RSTP, MSTP, LLDP, GMRP, GVRP, CDP, VTP, LACP, PAGP, UDLD, DTP, ISL, PVST, 802.1d);
◦ *Operações avançadas L2 como VLAN tag/detag em todos os pontos UNI e NNI, VLAN stacking (QinQ), VLAN translation, etc;
◦ *Mapeamento de QoS entre L3 e L2 (IP ToS / DSCP to 802.1p mapping)
Desse modo, a simetria de banda downstream e upstream do XGS-PON permite o uso em aplicações que antes eram limitadas às tecnologias de acesso metroethernet.
Adiante, vemos que a possibilidade de coexistência do XGS-PON com tecnologias legadas como GPON e EPON permite a ativação rápida de serviços, o que implica em breakeven mais curtos nos projetos. Em comparação com um acesso metro ethernet tradicional (que demanda lançamento de fibra, aprovação de projeto, etc.), podemos dizer que, em média, um acesso XGS-PON estará ativo de 60 a 90 dias antes do metro ethernet, o que por si só já pagaria o investimento em alguns cenários.
A inovadora OLT plugável XGS-PON
O formato de OLT plugável disponibilizado pela Tibit permite cenários reais de “pay as you grow”, ou seja, habilitar ramos PON com XGS-PON apenas quando há a necessidade de ativar serviços com essa tecnologia. Assim, o investimento em ativos da rede ocorre de forma muito mais racional em comparação com OLTs tradicionais em formato pizza box ou chassi.
Além da maturidade técnica da tecnologia XGS-PON, quando comparado com acesso metro ethernet temos, também, uma maturidade comercial. Em comparativos que fizemos com alguns clientes considerando custo da fibra, lançamento da fibra e acessórios, custo de portas de switch no POP, EDD vs. ONU no cliente, chegamos a reduções de custos expressivas que são maiores quanto mais clientes compartilham o ramo. Naturalmente, essa diferença ficará maior a medida em que ocorra a massificação do XGS-PON no mundo.
Em outras palavras, a OLT Tibit Microplug é uma OLT de uma porta. Isso permite aplicações como atendimento a redes campus ou acesso “in building", onde apenas um ou dois ramos XGS-PON são o suficiente para atender todos os clientes, por exemplo em condomínios empresariais, condomínios industriais, shopping center, portos, etc. Dessa forma, alguns projetos são viabilizados com menos ativos de rede.
Sendo assim, a OLT Microplug da Tibit está aderente com todos os princípios de Arquiteturas Abertas de Rede como:
◦ Protocolos padrões e total interoperabilidade com terceiros (inclusive são disponibilizadas ferramentas para facilitar essa interoperabilidade);
◦ Desagregação entre hardware e software;
◦ Plano de Controle claramente separado do Plano de Dados;
◦ Interfaces de rede abertas;
◦ Gerência aberta conforme ONF (Open Network Foundation);
◦ Rede definida por software e 100% programável;
◦ Integração com ferramentas modernas de monitoração como Grafana e Prometheus, sem perder as interfaces legadas como SNMP;
◦ Provisionamento e integrações através de NETCONF/YANG, etc.
Através desses pontos, na prática, é permitida a mistura e a combinação de elementos dos fornecedores que melhor atendem os requisitos de cada provedor de internet: menor TCO, otimização de CAPEX e OPEX, além de possibilitar um crescimento de modo eficiente e sem depender dos fornecedores, uma vez que elimina as restrições das soluções de hardware e software de um único fornecedor.
Ademais, toda a arquitetura é carrier grade, ou seja, é possível o uso de várias técnicas de alta disponibilidade, desde o gerenciamento e controle (banco de dados redundantes, controladores primários e secundários, virtualização, etc.) até proteções físicas, como Type-B. Além disso, a OLT mantém todas as configurações mesmo quando não há comunicação com os controladores, o que por si só garante a disponibilidade do serviço do cliente em casos de queda do Plano de Controle.
Em termos de ocupação de espaço físico, o uso da OLT plugável junto com switchs permite uma densidade muito maior que OLTs tradicionais em formato chassi. Esse é um aspecto relevante que, caso haja interesse, podemos disponibilizar um comparativo com outras soluções.
Em suma, a disponibilidade de ONUs XGS-PON já está madura para atender vários casos de uso. Podemos citar: ◦ ONUs com portas 2,5 GE e 10 GE; ◦ ONU em formato de tranceiver SFP+ (ONU Stick) para uso diretamente conectado em switch ou routers; ◦ ONUs com suporte a Wi-Fi 6 e Wi-Fi Mesh; ◦ Modelos outdoor.
Essas são apenas algumas das principais vantagens que o XGS-PON proporciona para o mercado B2B e os ISPs que estão implementando a tecnologia saem na frente dos concorrentes, fornecendo banda larga de alto desempenho aos seus clientes.
Diante da demanda sempre crescente por streaming, vídeo reuniões, educação online, games, telessaúde, compras, etc, o investimento em redes XGS-PON é fundamental para atender as expectativas de consumidores mais exigentes a cada dia.
Baixe o folder e conheça todos os detalhes do XGS-PON da Venko Networks, clicando aqui.
1. https://about.att.com/story/xgspon_field_trials.html
2. http://www.broadbandworldnews.com/author.asp?section_id=475&doc_id=758024
3. https://www.telefonica.com/documents/737979/144981357/whitepaper-telefonica-opa-mec-feb-2019.pdf
4. https://www.telesintese.com.br/algar-telecom-atualiza-rede-optica-em-sao-paulo-com-plataforma-da-nokia/
Texto: Donaldo O. Kolln Jr, CPO na Venko Networks
Imagem: Freepik