Até 2026, o Brasil terá uma grande transformação tecnológica para entregar serviços de banda larga. Pesquisas revelam a continuidade da expansão da fibra óptica, além do crescimento do 5G FWA, que, nos próximos 4 anos, será responsável por 1/5 do mercado de banda larga fixa.
Esses estudos foram elaborados pela indústria e pelo governo, utilizando dados de 2020. Outro indicativo feito pela pesquisa é que há um empate técnico entre os serviços de banda larga ofertados em cobre e fibra óptica. A fibra obteve alta de 3 pontos percentuais em relação a 2020, encerrando o ano com 18,34 milhões de acessos no país, além de possuir um market share de 49% do total de acessos a banda larga.
Enquanto isso, o cobre divide-se, em partes iguais de tecnologia. Metade é xDSL e, a outra metade, coaxial. Juntos, respondem por 24,5% da fatia no mercado de internet fixa, tendo uma queda em relação aos números de 2020, quando o market share era de 26%.
Vale frisar que essas conclusões precisarão de revisão, uma vez que o xDSL teve uma redução maior do que era previsto. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 5,4 milhões de acessos utilizam desta tecnologia. Enquanto isso, a fibra ultrapassou os 20,4 milhões de acessos, mesmo com a subnotificação de ISPs.
Com planos de migração de clientes para fibra, a Telefônica e a Oi, além da Sercomtel, ainda utilizam a tecnologia xDSL no país. A Algar também usava este meio, contudo, afirmou que está finalizando a migração dos clientes para FTTH. Vale ressaltar que em 2026, o xDSL terá 4 milhões de usuários, conforme estimativas analisadas pela Tele Síntese.
A Claro, por sua vez, detém os maiores usos do cabo coaxial, investindo em fibra nas cidades onde não possuí ainda infraestrutura de banda larga para distribuir aos domicílios. Conforme foi exposto no levantamento, a operadora não terá outra saída a não ser mudar para outra tecnologia onde ainda tem cabo, tendo em vista que o coaxial terá metade da quantidade dos clientes atuais (4,46 milhões) até o fim de 2026.
A fibra óptica será a principal responsável por oferecer um melhor serviço em relação as limitações que o cobre impõe. Nesse sentido, a tendência é que o número de acessos em 2026 passe de 20 milhões para cerca de 27,32 milhões.
Contudo, a chegada do 5G, conforme os planos do governo, permitirá o uso do Fixed Wireless Access (FWA) de alto desempenho e velocidade em aplicações especificas, áreas ruais, bem como nas áreas urbanas. As previsões são de que o FWA possua, ao fim de 2026, 9,11 milhões de usuários. Desta forma, atenderá 20% do mercado de banda larga fixa brasileiro. Em contrapartida, a fibra óptica, tecnologia que será a líder em acessos, será responsável por 60% do mercado. O cobre, por sua vez, atenderá 8,9% através do xDSL e 9,8% com o cabo coaxial.
A previsão é determinante para demonstrar que os utilizadores do cobre terão que migrar para a fibra ou para o FWA, a fim de evitar a diminuição de seus clientes. Atualmente, o Brasil possuí 37 milhões de acessos à internet banda larga. Já em 2026, a tendência é que esse número suba para 45,54 milhões de usuários.
Fonte: Tele Síntese
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